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Comissão de Agricultura discute pagamento dos royalties da Monsanto (Notícias Agrícolas)

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A Comissão de Agricultura daCâmara dos Deputados discute o pagamento dos royalties sobre a soja RR1. Oadvogado Denis Borges Barbosa, professor da Universidade federal do Rio deJaneiro, especialista em ações do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual)surpreende o público ao dizer que a Monsanto não tem a patente da RR1 no Brasil,e o que está em vigor é um processo de otimização industrial, cujo vencimentose deu em 31 de agosto de 2010. Essa patente já caiu no domínio público e foiem cima dessa decisão que o STJ determinou que a patente está prescrita.

O advogado da Monsanto, LuizHenrique do Amaral, rebate o ex-procurador Denis Barbosa dizendo que o pedidode patente está sob judice a espera de decisao do STF, Supremo TribunalFederal.

O advogado Jefferson da Rocha, daOAB de Sta. Catarina diz em plenário que a cobrança de royalties pela Monsantoé ilegal e inconstitucional. O advogado também orienta aos produtores a nãoassinar nenhum acordo para abrir mão dos valores cobrados indevidamente, apósvencimento da patente.

Também participou da discussão oAdvogado Felisberto Córdova , representante da Andaterra (Associação Nacionalde Produtores), disse que a Monsanto nao tem patente, não pode cobrar, nemdeveria. Essa decisão foi definida pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e nãoserá modifica, nem subirá para o STF (Supremo), pois ali só se discute questõesinstitucionais. O advogado criticou veementemente a adesão da CNA  ao acordo proposto pela  Monsanto, dizendo que ela deveria defender osinteresses dos agricultores, e nao da empresa multinacional.

O presidente da Aprosoja Brasil ,Glauber Silveira, também participou das discussões e alertou que abiotecnologia é importante mas não deve ser escravizante. Glauber Silveira dizque a Monsanto age com poder de estado ao proceder a cobrança dos royalties namoega (pagamento pela semente salva). Glauber Silveira também revelou que o valor cobrado indevidamente  pela Monsanto nos últimos 2 anos em relaçãoaos royaties da RR1  chega a R$ 1 bi e200 milhoes.Disse ainda que o valor dos royalties cobrado do produtor ruralatualmente é de R$ 22,00 por saca de semente e se indignou ao lembrar que naIntacta (RR2) , a Monsanto pretende cobrar R$ 115,00.

A Superintendente Técnica da CNA,Rosemeire dos Santos, rebateu as críticas feitas à Confederação dizendo que oacordo assinado com a Monsanto não tinha força de contrato e portanto oprodutor poderia adotar ou não o procedimento sugerido. Rosemeire disse tambémque as discussões sobre mudanças no acordo começaram, assim que os agricultoresidentificaram problemas no texto enviado pela Monsanto. A Superintendentetambém defendeu a criação um mecanismo que traga segurança jurídica no que dizrespeito ao pagamento de patentes no Brasil, não só com relação a Monsanto, masà todos os novos eventos que venham a surgir a partir de agora.

 

 

A reunião foi solicitada pelosdeputados federais Valdir Colatto (PMDB-SC) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).Conforme Colatto, a cobrança de royalties sobre a utilização de sementes desoja transgênica vem sendo objeto de diversas ações na justiça entre produtoresrurais e a Monsanto em razão de controvérsias quanto ao prazo de validade daspatentes desta tecnologia. “Em razão da complexidade do assunto e dos reflexos,tanto nos custos de produção da soja quanto na pesquisa e desenvolvimento denovas variedades, consideramos indispensável realizar este debate”, salientouColatto.

 Na última quinta-feira (21), o SupremoTribunal de Justiça decidiu que a Monsanto não possui direito de prorrogar apatente da soja transgênica de primeira geração (RR1). A Monsanto já haviaperdido em duas instâncias a ação que moveu contra o Instituto Nacional dePropriedade Industrial (Inpi), órgão responsável pelas patentes. Com a decisão,a Monsanto pode ainda recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Foram convidados:

 - um representante da Monsanto do Brasil Ltda;

- um representante daConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA);

- um representante do InstitutoNacional de Propriedade Industrial (Inpi);

- um representante da Embrapa;

- um representante da Associaçãodos Produtores de Soja e Milho do Mato Grosso (Aprosoja);

- um representante da AssociaçãoBrasileira de Sementes e Mudas (Abrasem);

- um representante da Associaçãodas Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra);

 - um representante da Associação Brasileirados Produtores de Sementes de Soja (Abrass);

- um representante da Organizaçãodas Cooperativas do Brasil (OCB);

- um representante daConfederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag);

- um representantes da OAB,Jefferson da Rocha e Neri Perin;

- um advogado da causa SidneyPereira Souza Junior; ex-presidente do Instituto Nacional de PropriedadeIndustrial (Inpi), Denis Borges Barbosa.

Fonte: Notícias Agrícolas

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